quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

NÃO ME COZINHE PORQUE NÃO SOU GALINHA

É isso mesmo, essa mania que homem tem de fazer joguinhos, te cozinhar até o ponto certo pra eles, não funciona comigo e não deveria funcionar com você também. Quando eu me entrego, sou verdadeira, me jogo, sem limites e sem amarras. Vou até o ponto onde ainda está me deixando contente e não me arrependo nunca por isso. Mas se começo a ver que tem algo estranho, algo se modificando... ai eu recuo pra não voltar.
Não foi sempre assim, tive que sofrer muito na pele pra descobrir que o cara não muda, que não vai me tratar diferente e, principalmente, que a culpa não é minha. É porque sempre que um cara muda sua forma de agir de repente, esfria, distancia, a gente já logo pensa: O que foi que eu fiz? Falei alguma coisa? Dei bandeira? Sou insegura e ele percebeu? Me entreguei e perdeu a graça? Não, não é nada disso. Ele simplesmente não está afim de você, mas quer te manter na reserva pra caso entre em um período de recessão. Homem não sabe nunca jogar limpo e ser sincero com você. Não adianta.
Não interessa culpas, não existe culpa. Você conheceu um cara, trocou idéias, surgiu uns flertes, rolou de ficar ou não, estava interessante... ele te procurava, você foi ficando encantada. Ele te ouvia, você se entusiasmava. Mas ai surgiu outra na área ou outras, ou até nenhuma, mas ele desistiu. Esfriou. Sumiu por uns tempos, passou a ficar mais ocupado... mil empecilhos para poder te ver, a mãe teve uma crise respiratória e ele teve que correr pro hospital, a tia que mora distante passou mal e ele teve que ficar lá um mês. O chefe passou vários serviços essa semana e ele está muito sobrecarregado, enfim, são só desculpas. Quando um cara realmente quer ficar com você, te acha interessante e especial, ele te leva até pro velório da própria mãe, mas faz questão da sua presença. Não existe essa de “agora não é o momento”.
Mas então ai que vem a questão: se ele não te quer, se não tem culpados, aconteceu, vai ficar ai chorando pra que? Querida, se ele se encantou um dia, é porque você tem algo muito especial, então vai ficar aceitando migalha de outra por quê? Tem tanto bofe dando sopa por ai, tanta gente interessante querendo se aproximar de você. Não é ele? Paciência. Parte pra outro e se não for ainda o outro, vem outro e assim por diante. O que não dá é ficar pensando que aquele cara era o melhor, porque não era. Ele podia ser bom sim, especial sim, mas enquanto te fazia feliz. Não faz mais? Então não era pra você. É bom enquanto tá bom. Tem que ser assim. Ninguém quer do lado uma pessoa que se rasteja, que aceita qualquer coisa, que não conhece seu próprio valor. A gente tem que gostar de quem gosta da gente, já diz vovó Lalada. Mulher dando sopa, ele vai achar aos montes. Mais bonitas que eu? Pode ser que sim? Mais gostosas que eu? Pode ser que sim. Mais fáceis que eu? Não tenha dúvidas que sim. Mas o meu pacote é completo e isso faltará em todas elas. Eu conheço o meu valor, conheço o meu diferencial. Não me vendi ao mundo da mulher mercadoria e por isso, não mereço qualquer homem. Mereço O HOMEM. E esse, meu bem, quando me encontrar vai saber que não é louco de me largar e a busca terá valido a pena.
Um amigo me disse uma vez, quando tive uma crise de choros por causa de um vagabundo desses qualquer: “Debbynha, até um chute na bunda faz a gente andar pra frente, reaja”. E é isso mesmo minha gente. Não deu, sigamos em frente. Sozinha ou com alguém, mas sempre em frente e sem olhar pra trás que é pra não perder aquele partidão que pode estar ali, bem diante do seu nariz!!!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

DECEPÇÃO NÃO MATA, MAS MACHUCA

Começou um novo ano e com ele novas expectativas, novos sonhos, novos começos. É o tempo de renovação, de abrir o peito para o mundo, como se tudo fosse a primeira vez. Mas não é por isso que vou me esquecer do que passou... pessoas deixaram marcas, deixaram mágoas que eu não quero esquecer e passar a borracha. Quero aprender, absorver o que me ensinaram e seguir com meu caminho, porque ao analisar quem são essas pessoas, o quão pequenas são é o que me dá coragem e a certeza de saber que eu sou realmente muito melhor que todas elas.
Estamos mesmo em uma nova era, onde o outro não importa, onde a amizade se tornou escassa, onde o valor de um abraço e um olhar sincero se tornou alto demais e poucas pessoas se arriscam a pagá-lo. Tempo em que vale mais a efêmera alegria de uma noite de balada do que a felicidade eterna de um amigo ao lado para não fazer nada. Tempo de oportunismo, onde a amizade do outro só nos interessa enquanto ele nos promove algo em troca. Mas mesmo nadando contra maré, mesmo gastando toda a minha energia em ir contra a humanidade, eu ainda não me rendi. Eu ainda quero e faço diferente.
Fui chamada de orgulhosa, cabeça dura, sonhadora, louca, vários nomes para definir essa minha visão de mundo. Parei, refleti, chorei em silêncio tentando enxergar essas definições como defeitos, mas não consegui. Eu prezo pela amizade acima de tudo, defendo a mim e aos meus com a mesma fibra e coragem que Rámses defendeu seu Egito, com o mesmo amor e o mesmo entusiasmo. Queria eu ser apadrinhada pelos mesmos deuses que ele para continuar essa luta que tantas vezes já começa perdida. Não admito traições por menores que elas sejam, porque quem trai a um amigo que lhe preza, trai a si mesmo e não é digno de confiança. Não consigo entender, e não farei esforço para tal, uma pessoa que abre mão ao pedido de um amigo para atender caprichos de estranhos. Não engulo quem usa a frase “eu não quero me meter, não tenho nada com isso”, se o acontecimento envolve um dos seus.
Sou cabeça dura? Sim... Orgulhosa? Muito... Porque isso vem de berço, vem do meu caráter, da minha formação. Sou passional, sou sentimento, sou sincera, sou aquilo que você vê. Cuspo fogo e grito quando não me agrada. Beijo, abraço, choro, dou risadas quando me alegro. Tudo o que sinto se traduz no meu olhar, eu não sei disfarçar. Dou a vida por um amigo, sou fiel acima de qualquer coisa. Mas na minha face só batem uma vez, então aproveite a única oportunidade que terá, se for essa a intenção.
Como dizia Setaou, um dos melhores amigos de Rámses, que confiava nas serpentes, mas jamais nos homens. “Quando um homem ultrapassa certos limites, não pode voltar atrás. O perdão é o álibi dos fracos.”
Eu não sei perdoar, não acho cabível essa palavra porque quando fazemos algo sem intenção, não há necessidade de pedir perdão. Mas quando se tem a intenção já se sabia das conseqüências de certos atos e optou-se por ele mesmo assim, daí não cabe também perdoar.
E é assim, jogando fora pessoas, sentimentos, objetos e fatos, renovando meu estoque de amizades que começo o novo ano. Desanimar??? Nuncaaa. Mesmo que termine a vida somente eu e mais uns dois, eu direi: Valeu a pena, porque eles são de verdade! Feliz Ano Novo!!!