quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

QUASE NADA TAMBÉM É TUDO


      Hoje eu acordei com uma vontade enorme de te esquecer. É, pela primeira vez, é verdade. Cansei de chorar demais, sentir demais, soluçar demais. Contestar a Deus e aos deuses nosso destino, nossa batalha de Tróia. Isso cansa, sabia. Nossa, reviver os momentos na cabeça, balancear o que errei, o que você errou. Fazer a conta matemática daquilo que não pode jamais ser exato. CANSA!
            Você me tirou o tapete, me derrubou de cabeça no chão e desacordei por um tempo, foi cruel? Sim, foi. Te perdoo? Nem com mais mil vidas pela frente. É... eu queria ser mais altruísta, mas sou autêntica, serve? Não, não serve... nunca serviu nada que eu lhe oferecesse, que idiotice a minha perguntar. Mas eu não te perdoo e foda-se. Tá, mas temos uma grande vitória ai. EU ME PERDOO.
            Eu me perdoo por ser romântica, eu me perdoo por ser iludida e me deixar iludir, eu me perdoo por me doar sem medo, eu me perdoo por tantas vezes apostar as minhas fichas num perdedor como você. Eu me perdoo por ter FÉ em você e no resto do mundo. Eu me perdoo por abaixar a cabeça para seus caprichos, eu me perdoo por justificar seus medos, eu me perdoo por desculpar sempre sua crueldade mórbida em me fazer sofrer, eu me perdoo por ser bem melhor que você.
        Essa sempre foi minha maior culpa, ser MELHOR que você. Não intelectualmente, não fisicamente, mas moralmente e maduramente falando. Sempre me preocupei com o outro, seja o outro quem for, sempre me coloquei no lugar do outro, fui sensível ao externo. Sim, com essa sensibilidade que conseguia detectar suas mudanças. No olhar, na voz, na fala aveludada que escondia a aspereza e, assim, eu te traduzia. Medo. Você tem medo do que eu reflito quando estou com você, pois ao enxergar o que se passa na sua alma, eu a transporto para o físico e você se assusta com a própria imagem sombria que reflete em mim. Eu te desmascaro, eu te desnudo a toda vez que me encontra.
              Você se garante no deboche porque não tem outra coisa a oferecer quando sabe que irá perder. E eu me garanto no silêncio e na distância sabendo que você não se esconde mais de mim, mas de você. Sim, analisei você. Mas nessa análise eu também consegui me enxergar. Ufa! Finalmente. Sim, sou melhor que você.
            Mas essa pseudossuperioridade também não me leva a lugar nenhum, então eu me perdoo por não conseguir levar o bem e te fazer crescer. Afinal, de que adianta ser melhor que você e não poder te ensinar nada com isso? Droga, lá vem meu lado sonhador novamente... ele acha que as pessoas podem mudar pra melhor quando querem. Sim, ele é tolo. Sim, você já riu dele várias vezes, mas eu tenho que te contar... ele também ri horrores de você.
            Minhas amigas fingem que suportam ainda quando sismo em falar de você. Eu sei que é por mim, por amor que elas fazem isso e ainda não me mandaram ir à merda. Então, eu também me perdoo por sacrificar seus ouvidos tantas vezes. Perdoo até mesmo meu inconsciente quando ele te traz pra um sonho no meio da noite e samba na minha cara, só porque fui dormir feliz.
            Eu tenho dormido feliz ultimamente. Sim, eu sei que você também não acredita nisso. Você se acha insubstituível, mas eu tenho sim.... arrumei um novo alguém pra investir minhas expectativas, já que sou rica nelas. E, claro, eu também me perdoo por ter procurado alguém que não seja você! Eu me perdoo por ter finalmente DESISTIDO de você. 

Fotos retiradas do Google

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

QUE DEUS TE PROTEJA DE TI


Palavras de despedida, o discurso do relacionamento que se finda, geralmente é muito triste. Mas a tristeza que bateu em mim não foi por mim, foi por ver que o que eu sentia era valioso demais, mas que sua pobreza de espírito não permitia descobrir. Chorei por você não ter noção da dimensão do amar, da gratidão de olhar para o outro e enxergar o espelho de você. Como deve ser triste ser você. Quanta compaixão senti naquele último adeus.
Prepotente de si, você se julgou melhor num discurso sincero de desconhecimento do amar. Disse nas duras palavras, com uma leveza paralisante, que não sentia amor nem pela própria mãe. Ninguém seria especial pra você. Não era um defeito meu, mas seu. Sim... eu sempre soube que dei tudo de mim e que, se falhamos, a maior parte não foi por minha culpa. Mas a frieza e a impossibilidade de sentir algo que vem de você perfurou fundo meu peito. Fiquei sem ar após desligar o telefone. Chorei como uma criança que roubam o doce de sua boca, mas me calei nos pensamentos. Me deixei absorver tudo que via por dentro.
“Você não pode querer ser especial. Não existe ninguém especial pra mim. Eu não suporto minha própria mãe. Gosto de ser sozinho. Abrir a janela de manhã e decidir sem pensar em ninguém o que vou fazer naquele dia. Mas você é uma boa companheira, parceira, posso contar com você. Gosto disso. Mas não passa disso.” Com essas palavras você quis mesmo me convencer a ficar, mas foram a cravada final para todo encantamento passar.
A princípio seu mundo pode parecer fascinante. Não sentir nada por ninguém. Brincar com pessoas como se fossem peças de um jogo e depois descartar. Seguir sempre adiante sem olhar pra trás. Mas se vive sem sentir? Ou se sente apenas que vive e se torna um espectador de si mesmo? Eu já chorei deitada no chão frio do quarto, em posição fetal, por não conseguir ter forças pra me levantar. Já me atirei na porta de sua casa em soluços querendo uma última chance, já quis tirar o coração do peito pra ver se apertava menos. Sofri, sofri a dor humilhante do amor, mas, nessa mesma dor, senti a poesia do que é viver. Já me derreti ao ver um sorriso. Abracei o mundo ao te ter nos braços e você nunca saberá o que é viver isso. Não... eu não troco minha sensibilidade quase suicida pela sua frieza.
Na minha sensibilidade, na minha subjetividade, me encontro, me perco, apareço e desapareço de mim. Sou inconstante, complexa, impulsiva. Sou VIVA! Sou protagonista da minha própria história. Me atiro sem paraquedas em tudo que mexe com meus instintos e sentidos. Opto sempre pelo caminho com mais coração. Se comparássemos nossos estilos, eu seria o filme, você a plateia.
Você se senta na poltrona confortável, pega sua pipoca, se delicia com o refrigerante, os doces, a companhia ao lado, assiste a tudo paralisado e vai embora. Enquanto eu estou ali na sua frente, me arriscando em brigas com vilões, sentindo as dores dos obstáculos a minha frente, conhecendo caras errados, brindando a vida com amigos sinceros, sofrendo desilusões e me aventurando num enredo desconhecido. Às vezes saio muito ferida, quase morro. Mas, no final, estou ali de pé ou então recolhendo meus cacos. Mas eu sou a ação, você apenas assiste sem se mexer a nada e vai embora.
Você pode ir pra casa com sua companhia, discursar impessoalmente sobre o enredo do filme, dar opiniões de observador. Agora eu? Ah... eu saio com toda a bilheteria do tempo que você somente desperdiçou!



 Fotos retiradas do Google


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

COMO VELHOS DESCONHECIDOS


     Você vai superar, tudo passa, você vai ver! Ok, então eu vou superar ... se as pessoas estão dizendo. Mas quando? Talvez em outra vida? Talvez quando eu estiver bem velhinha e você tenha morrido? Isso, na última flor que jogarei a você, depois que todos se forem no seu enterro, uma última rosa vermelha. Sim, nesse momento eu vou te superar? Ou ainda vou dizer: me espere, logo vamos nos encontrar? Porque essa estranha mania de querer fazer bem a quem não se importa que me faça tanto mal?
       Ei, ok! Eu sempre corri atrás de você. Sim, eu sempre achei que valeria a pena no final. Que você só precisava de um tempo, do seu tempo, de uma adaptação. Do amadurecimento. Sempre achei que o problema era somente a minha distância e nossa pouca idade, mas depois de todos os pontos resolvidos, que ficaríamos, enfim, bem. Afinal... esse iô-iô deveria ter uma explicação plausível né? Não há tesão que sobreviva tanto tempo, não é somente passatempo que aceite tantas brigas, complicações e desentendimento. Deveria existir algo ali entre nós, não? Pelo visto acho que não.
       Eu só não consigo entender o porquê de ir atrás de mim naquele dia. Eu tinha colocado como definitiva a nossa briga, deduzi “incompatibilidade de sonhos”. Eu queria o céu, você queria o chão. Eu queria companheirismo, você mera distração. Estava tudo bem, estava tudo indo. Não, eu não tinha superado, não eu não tinha esquecido, mas estava na minha. Aceitando um dia de cada vez, encontrando divertimento e passatempo, me encontrando no meio de mim. Sim, estava tudo uma confusão ainda aqui dentro. Mas já era definitivo. Eu não te ligaria mais, deletei seu telefone. Pronto, acabou!
       Não, não acabou né? Era isso pra você? Acaba quando você determinar? Você foi atrás de mim, me pediu uma última chance, uma última conversa. Prometeu tentar fazer dar certo. Prometeu que dessa vez faríamos diferente porque seria nossa última chance. E foi... Eu dei o melhor de mim, quis confiar em você, fui paciente, tentei surpresas pra te agradar. Tentei mostrar que eu poderia sim ser suficiente pra você, só nós dois e que te faria muito feliz. Estava tudo bem. Tudo indo como planejamos. Você super atencioso, gentil, presente. Até que... como sempre muda sem avisar o porquê.
      Você some, me dá bolo, não se sente nem ao menos incomodado com a situação. Ironiza, debocha e me faz passar por louca com a celebre frase: Nós??? Que nós??? Você supervaloriza as coisas demais. Tá viajando. Com direito a risinho no final. E assim. Da noite pro dia, com o mudar das estações você estraga tudo e não se digna nem mesmo a sentar e conversar como um homem. Ser honesto.
      Você pode ter encontrado outra pessoa, ou outras pessoas, pode ter mudado de ideia quanto a ficar comigo. As coisas mudam mesmo. Mas o que não te dá ao direito de sair como quem decide mudar de um cômodo e apenas apaga a luz. Foram 9 anos, caralho. 9 anos da minha vida dedicados a um filho da puta que não se digna nem a dizer: tentei, não deu. Vai se fuder com sua imaturidade, com seus problemas, com seus amigos, suas bebedeiras, seu filho e o caralho a quatro.
      Tá ai, ficando velho... Careca, barrigudo e velho e agindo como se tivesse 20 aninhos??? Acorda, meu filho. Seu tempo para fazer molecagem e sair imune passou. Perdeu a época fazendo filho e brincando de casinha? Problema é seu, o tempo não para e é só olhar pro espelho pra ver que não estou mentindo nem exagerando. 
     Seu tempo passou. Posso até não superar. Posso até não te esquecer. Posso até ainda assim te amar pra vida inteira. Mas por questão de honra. Em mim você nunca mais encosta. Vai pegar esses lixos que você gosta de pegar em balada mesmo, porque te servem certinho né? São tão lixos que o pouco que você oferece se torna luxo pra elas. Então vai... é o que te faz feliz. Lixão tá na moda mesmo.
      E quando me vir? Meu Bem... quando me vir... me poupe daquele aceno de mão ridículo. Porque nem isso você sabe fazer com classe!

Foto retirada do Google. Vídeo do Youtube

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

CANSEI DA PORRA TODA!


       É engraçado como as pessoas te julgam e colocam como concreto que te conhecem se nem ao menos eu mesma me conheço por completo. Sou capaz de me surpreender até hoje com minhas reações, com minha maneira de pensar a cada instante. Estou em constante conhecimento de mim mesma, mas as pessoas julgam terem o dom de me conhecer e afirmar o que elas acham que se passou pela minha cabeça.
    Agora mesmo estou surpreendida com minha maneira de pensar, minha nova maneira de levar a vida. Eu simplesmente me cansei de querer suprir às expectativas dos outros a meu respeito. Cansei de dar o melhor de mim a pessoas que simplesmente nem se importam se dou o meu melhor ou meu pior. Que não sou simplesmente suficiente para elas e que, independente do que eu faça, irão procurar por outras pessoas para satisfazerem suas necessidades quantitativas. E ai eu me pergunto: gastar minha energia pra quê? Brigar para manter pessoas em nossas vidas por quê?
      Decidi ser o que quero ser, mudei de foco, não quero mais manter pessoas em minha vida. Decidi seguir meus objetivos, ser mais egoísta quanto às minhas vontades e quem quiser que me acompanhe. Não quero mais me dedicar ao outro, tentar mostrar que posso ser suficiente para alguém. Não vou desistir e nem adiar mais minhas vontades, batalharei por todas elas. Estou desistindo de pessoas não de mim.
       Quero viver tudo aquilo que sonhei pra mim. Sendo Alice no País das Maravilhas ou não. Eu vou encontrar o que busco porque, simplesmente, eu mereço isso. Eu mereço tudo de melhor que eu sonhar pra mim e não será você ou qualquer outra pessoa que irá me ditar como deve ser ou deixar de ser. Se não é o seu momento, se não é seu objetivo??? Uma pena, então não é você que deva estar ao meu lado.  Não me importa se é amigo, irmão, parceiro, namorado, ficante. Vai estar ao meu lado simplesmente quem estiver na mesma sintonia que eu. Não posso obrigar ninguém a se adequar a mim, mas, então, entenda que eu não sou obrigada a me adequar a você. Não sou obrigada a adiar sempre meus sonhos a espera de você.
      Conversar, tentar chegar em acordos, dizer o que pensamos, queremos, muitas vezes não adianta. Jogamos palavras ao vento, “pérolas a porcos” como diz o ditado. Convencer uma pessoa do que sentimos, queremos ou pensamos é uma imbecilidade. Porque cada um acredita no que lhe convém, absorve o que lhe acha cabível para o seu momento. Já percebeu que quando brigamos demais com alguém, tentamos nos fazer entendidos, essa pessoa começa a fingir demência? Ela repete seu modus operandi a todo tempo e sempre vem com o mesmo discurso. Mesmo tipo de conversa conciliatória. Faz que entendeu dessa vez, que irá tentar, pede mais uma chance e... pimbá. Faz tudo de novo. Falar o que se quer, conversar, não adianta. Pessoas mudam quando querem mudar, quando surge nelas mesmas a vontade de mudar. Então vou ficar repetindo romaria pra quê? Vou montar meus objetivos, seguir meus instintos, batalhar por mim, ser melhor por mim e, as pessoas que estiverem na mesma vibe aparecerão por atração até a mim. Eu atrairei aquilo que quero, porque simplesmente eu quero acontecimentos concretos pra mim e não pessoas.
      Então... se eu estou sem brigar, estou calada, estou na minha, estou deixando você passar não é porque não me importo com você ou porque estou irritada. É porque simplesmente não quero gastar a energia que tenho em mim num desgaste em vão. Vou poupá-la para correr atrás dos meus sonhos. Se você quer fazer parte deles, quer ser parte da minha vida, pode se aproximar sem problemas. Dou sempre chance a pessoas. Confio no ser humano. Mas só não espere que eu brigue mais pra te “salvar”. Eu lamento muito, mas não sou sua mãe. Não tenho amor incondicional por você e não quero te proteger de todo mal do mundo. Você é livre pra fazer suas escolhas, mas prisioneiro de suas consequências. Então... decida seu caminho. Assim como estou constantemente decidindo o meu.
      Amo todos os meus amigos, parentes e todas as pessoas que fazem parte da minha vida, mas preciso me amar mais, me amar além de todas elas. Só assim elas também me amarão, pois enxergarão o que realmente há em mim. Gostaria mesmo que os momentos que sonhei, as histórias que crio em minha cabeça fossem vividos com quem já está em minha vida, mas depende também dos objetivos delas para isso, não só de mim. É duro esse momento de desapego, mas eu vou tentar. Prometo tentar.
      Agora, eu estou igual chuveiro velho: nem ligando e quando ligo nem esquento.rssss.
     A paz e a realização que tanto busco está dentro de mim e só agora começo a entender isso. On Shanti!!!!

Fotos retiradas do Google

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

UM BRINDE À HIPOCRISIA DE SER FELIZ SOZINHO


          Hoje fui surpreendida com a felicidade dos amigos nas redes sociais e descobri: é o Dia dos Solteiros. Um monte de animações, frases, textos sobre a importância de estar sozinho, de ser feliz consigo mesmo. A comparação com os que andam em pares como se a solidão fosse prova de maior inteligência e exigência. “Não é qualquer um que me leva, depois que aprendi a ser feliz sozinha. Fiquei mais exigente comigo mesma”, foi uma das inúmeras frases que li. Seria muito produtiva, se não fosse hipócrita.
            A verdade é que todo mundo, ou pelo menos a imensa maioria, gostaria de ter alguém ao lado, um apoio fiel para conversar, um companheiro leal para desabafar. O Dia dos Solteiros me soa mais como a vingança ao Dia dos Namorados do que um alívio real por ser solto no mundo. É como se a massa não pensante que nos tornamos gritasse: Olha só, vocês esfregaram o amor melado de vocês na nossa cara há dois meses, não foi? Nos fizeram repensar nossas escolhas perante o comportamento contemporâneo? Então agora invejem nosso dia. Nós podemos sair de segunda a segunda com nossos amigos. Podemos encher a cara e cair no chão, pois nossos amigos vão rir e não dar esporro. Podemos comer geral por ai. Cada dia uma e não decorar as posições que faremos mais tarde na cama. Olha como somos mais felizes! Sério mesmo?
            Por uns instantes todo casal pensa em ser solteiro. Realmente a não preocupação com o outro traz uma certa nostalgia e ar de liberdade. Mas quando o casal realmente se encontrou, quando se trata de uma relação verdadeira, essa falta de liberdade a todo tempo é suprida pelo desejo de estar realmente junto. Um casal que se entende, que se completa, sabe respeitar a individualidade do parceiro e comumente um deles pode ser encontrado avulso, na esquina, tomando uma cervejinha com os amigos pra colocar o assunto em dia. Quando se é um casal de verdade, um realmente pensa no outro, no bem-estar, na satisfação, mas com prazer. Faz planos em conjunto, compartilha seus problemas e suas vitórias, mas por ter certeza que ali reside o seu melhor amigo(a). Nada de obrigação, cumplicidade apenas. E ele faz isso porque sabe que não é obrigado, que pode bater a porta e sair quando quiser, apenas não sente essa vontade. Quando se encontra realmente alguém que te acrescenta, os amigos perdidos se tornam dignos de pena.
            É obvio que jogar a sua felicidade em cima do outro é o caminho mais curto para a decepção. É possível sim se satisfazer consigo mesmo. E deve ser assim. Devemos nos orgulhar dos nossos feitos, de quem nos tornamos, correr atrás dos nossos objetivos, cuidar dos nossos entes e amigos. Plantar as nossas sementinhas. Mas existe uma grande diferença entre esse amadurecimento interno real e a ficção lunática de putaria descomedida que tanto nos iludimos nos tempos de hoje.
Ser você mesmo, se conhecer, se encontrar realmente são aprendizados adquiridos com o tempo e com um pouco de solidão, mas quem sai por ai se leiloando como mercadoria usada não está usando esse tempo pra se conhecer como acha não. Sair por ai tendo relacionamentos superficiais também não é a chave para a felicidade. Quando os escritores e filósofos dizem que a felicidade está dentro da gente é exatamente no conhecimento interno, no aprimoramento pessoal a que eles estão se referindo e não ao “não sou de ninguém, eu sou de todo mundo”, não confunda minhoca com cobra. Pensando assim, você, além de encalhado(a), é um tremendo imbecil e nada de grandioso existe em você para trazer-lhe a tão sonhada felicidade.
Ser solteiro, casado, namorado, divorciado, viúvo não é status, não é sinônimo de felicidade, é condição. Não é um estado permanente, tudo muda. Tudo caminha, tudo evolui. Hoje se está casado, amanhã divorciado. Fazer disso uma bandeira é uma tremenda ilusão. A verdadeira bandeira que deveríamos levantar é a do veto ao superficial, ao banal. Pode-se ser solteiro hoje, namorado, casado, mas deve-se ser por inteiro, aproveitar a estadia desse status, porque ele também passa!
Não posso ser hipócrita comigo e dizer que não gostaria de encontrar alguém bacana, legal, uma relação realmente honesta e de cumplicidade. É tudo o que mais desejo! Mas também, se for pra ser só um status, pra manter na página de facebook... Ai, meu amigo, prefiro mesmo manter a banca de solteira, porque comigo mesmo não tem falsidade, não tem disse me disse, não tem arrependimento e nem falsas surpresas. Eu quero pra mim o que for pra ser real, pra ser inteiro, pra ser intenso. Meias verdades não me interessam. O café meio quente, pra mim, é frio!


Fotos retiradas do Google/ Vídeo retirado do youtube

terça-feira, 10 de julho de 2012

O AMOR É UM DOM QUE CARREGO EM MIM


Passei um tempo de reclusão, me deu o famoso branco que todo escritor se apavora ao imaginá-lo. Mas, ao contrário do que pensei que faria, não me desesperei, procurei escrever em vão, acreditei ser o fim da linha ou algo assim. Eu soube entender que isso também se tratava de uma fuga minha, de um tratamento criado pelo meu inconsciente para amenizar e anestesiar minhas dores e amarguras. Então, eu também fui aproveitando esse momento sem ansiedade por escrita. Eu fui lendo, admirando textos e pensamentos de pessoas que gosto tanto, assistindo filmes, conversando com amigos, fui vivendo o outro lado de mim, sem me preocupar se a vontade de me despir voltaria novamente.
E, foi assim, hoje pela madrugada, que ela voltou. Voltou para dizer como foi sua experiência, voltou para me agradecer ao entender o quanto ela precisava desse tempo. Voltou a fim de contar para vocês suas próprias conclusões.
Mais uma vez eu vivi um momento de decepção, de dor, de amargura por me doar ao outro sem contrapartida. Eu fui iludida e me deixei iludir sem medo. Questionei minha maneira de viver o outro, de me dar ao outro, fui fundo na minha solidão. Vivi aquele momento que a Alice descobre que o País das Maravilhas só existiu na cabeça dela, o momento que a Bela Adormecida acorda e se depara com um castelo sem príncipe, o momento que o Pinóquio descobriu ser ele a sua maior mentira. Mas então, eu concluí ser mágico e um conto de fadas poder viver esses personagens em mim.
Amar é um dom que carrego. Amar o outro mesmo depois da decepção, me doar sem medo, dar o melhor de mim para que as coisas aconteçam é o que de mais nobre tenho em mim. Descobri que amar não é defeito. Defeituoso é quem não sabe receber o meu amor, pois esse ser que não é capaz de aceitar tão nobre sentimento é porque nunca o conheceu. E eu então tive dó, pena de quem nunca viveu e talvez não se deixe viver um sonho tão bom assim.
Receber um amor, se deixar levar sem medo do que possam imaginar, sem orgulho, sem armaduras, com pés descalços e alma limpa é de uma coragem que poucos, nos tempos de hoje, se permitem ter.
A decisão de abandonar o barco, de deixar esse sentimento tão puro e tão grandioso se findar é cruel. A linha que separa a consciência da batalha findada para a culpa de não ter dado certo é tênue. É inevitável se questionar quanto à culpa. Será que deveria ter me dado menos? Será que deveria ter sido mais fria? Será que eu deveria ligar? Será que ele vai ligar? Será... será.... será??? São muitas as dúvidas que nos rondam até que a resposta vem, como uma faca que atinge fundo o peito. Rasgando, triturando, tirando o fôlego: você fez tudo que estava ao seu alcance fazer, menos que isso não seria você. Jogos de sedução, dicas de como conquistar alguém não combinam com a sua identidade. Você foi inteira, se deu inteira, fez tudo que estava ao seu alcance fazer, deu o melhor de si. Mas, ao racionalizar que em comparação ao que se dava e ao que se recebia, o saldo era inferior a zero, viu que era hora de deixar tudo para trás. Não por ter perdido a luta, mas por tê-la vencido.
Porque quem dá amor, confiança, respeito, carinho e admiração não perde em nada. Perde aquele que não sabe receber esse presente sem preço e de valor absoluto. Porque quem ama se decepciona, chora, se agride, se sente usada, passada pra trás, mas se reergue e tenta de novo. Porque quando se conhece esse sentimento tem-se a noção que não se pode mais viver sem ele. Mas quando ele não existe em um ser, quando alguém não consegue amar, não há vida efêmera e amigos que consigam apartar e preencher esse vazio constante no peito.
Assim como meu valoroso Peter-Pan, eu renovo em mim a inocência que nunca morre, eu me permito acreditar nos meus sonhos, acreditar nas pessoas novamente. Sem medo, sem receios, sem jogos. Eu me permito viver o tempo de reclusão, de choro e solidão, mas apenas para renovar as energias. Eu sei o quanto é necessário se conhecer a dor para se valorizar a alegria. Mas deixar de amar, deixar de acreditar em mim e no que sinto dentro de mim? Ah isso eu não suportaria. Hoje eu conheço quem sou, conheço meu valor e sei que, ao permitirem, eu posso ser companheira, amiga, cúmplice, confidente, eu posso segurar a onda forte que vem e suspirar com a brisa leve da manhã.  Eu posso ser o travesseiro amigo da noite, o ombro solidário das tempestades como posso fazer sorrir com palhaçadas e conversas amenas, porque eu simplesmente enxergo pessoas como pessoas. Eu tenho esse dom.
Então, meu amigo, não se martirize e nem se gabe pelo que me fez. Arrependimento nunca fez parte do meu vocabulário. Eu vivo o que quero viver, faço o que sinto que devo fazer. E agora? Bem... agora me dê licença. Eu vou ali ser feliz e não volto!


Fotos retiradas do Google

domingo, 3 de junho de 2012

SANTO ANTÔNIO TRAZ MARIDO OU CARÊNCIA?


      É impressionante, mas é só chegar junho para as pessoas começarem a se contestar com o Dia dos Namorados, buscarem as imagens de Santo Antônio e recorrerem ao caderninho de simpatia da vovó.  No dia a dia todo mundo se diz autossuficiente. É um tal de “solteiro sim sozinho nunca”;  “não quero me amarrar”; “namorar é pros fracos”;  “melhor dia dos namorados solteiro que carnaval namorando”. Mas é só chegar dia 12 de junho que essas mesmas pessoas começam a se soltar.
O que uma data tem de tão importante para mexer tanto com as pessoas? Na verdade não é a data, mas o que ela simboliza. O dia dos namorados lembra as pessoas que o que elas andam fazendo com os relacionamentos têm consequências graves. Pode ser muito legal sair com os amigos, curtir desmedidamente, ficar com quem quiser e voltar pra casa sem estar preso a ninguém, mas isso é efêmero, é superficial. A felicidade desses momentos é passageira. 
Mesmo que durante a juventude seja importante curtir, a maneira com que temos feito isso pode nos trazer um futuro solitário, porque tentar converter a situação pode se tornar tarde demais. O que tenho visto cada vez mais recorrente são pessoas enxergando pessoas como objetos. Achando bonito se usarem e descartarem, em um mundo onde a reciclagem tem sido moda (irônico não?). Só que por dentro as pessoas ainda são as mesmas, sentem as mesmas necessidades, têm os mesmos receios e, é nessa dualidade que elas se sentem perdidas quando se deparam com o Dia dos Namorados.
Não adianta falar que com você foi diferente, que você não se importou. Porque se você desdenhou, se irritou com as publicações a respeito, com certeza é porque lá por dentro você se incomodou. Só que assumir isso e assumir que gostaria que tudo fosse diferente pode parecer inferior né?! Você pode acabar ficando de fora do grupinho. É por isso que saímos repetindo essas frases como as de cima o tempo todo, para nos convencermos e convencer aos outros que acreditamos nisso.
Mas ai vêm os dias chuvosos, um domingo morno ou o Dia dos Namorados e desmorona tudo, porque mexe por dentro, mexe no fundo e por mais que se negue por fora, incomoda. Pelo menos o seu travesseiro sabe que incomoda.
O que me pergunto é por que fazemos isso com a gente? Por que continuamos agindo assim se está ruim pra todo mundo? Por que as aparências valem mais que o que realmente sentimos? Onde vamos parar?
Se Santo Antônio traz marido ainda, eu não sei... mas, que ele traz carência é fato que sim!


Fotos retiradas do Google

terça-feira, 1 de maio de 2012

FALTA DE COMPROMISSO TAMBÉM É FALTA DE CUIDADO

Sempre ouvimos que é preciso ter compromisso com as coisas, fazer tudo que nos propusemos a fazer, sermos dedicados aos nossos afazeres, mas e as pessoas? Onde fica o compromisso com as pessoas? O compromisso com os sentimentos das pessoas?


Pessoas são descartáveis? Na nova maneira de se relacionar não cabe mais o compromisso? Não existe mais espaço para o respeito e companheirismo? Dar atenção, se preocupar em agradar, tratar bem são requisitos somente de quem selou um pacto formal?

Ter compromisso não é namoro, não é pedido de casamento nem garantias de um futuro juntos, é apenas respeito e consideração com quem está ao seu lado naquele momento. O que tenho visto e vivido por ai é um tipo de descuido que beira à crueldade. Você conhece uma pessoa, sai com ela, se importa, faz de um tudo para que ela se sinta bem, tenta agradar de todas as formas possíveis e impossíveis, sem cobranças, sem rótulos, sem ficar em cima, tenta apenas ser leve e levar leveza e coisas positivas para o outro e em troca recebe indiferença e ignoradas. Isso mesmo. A pessoa não te procura para saber se você está bem, se passou bem a semana, não se preocupa em te chamar para conversar, para tomar um chopp, sentar à toa num boteco, conhecer seus amigos, fazer parte da sua vida. O telefone só toca de novo quando a pessoa simplesmente não arrumou nada melhor pra fazer.

Se divertir é só para amigos, conversar é com os mais chegados, dividir dúvidas e conquistas é com os colegas, sair pra balada é com os companheiros mais animados. Mulher pra apresentar e levar pra um churrasco é aquele piriguete, interesseira, rodada que já saiu com a metade da galera, mas é considerada a fofa que leva sempre as amigas. Você? Ah... você é séria demais, preocupada demais, sincera tem que ficar guardadinha pra ninguém saber. Com você ele pode sempre contar, você está sempre ali, desinteressada no que ele pode te proporcionar, desinteressada em saber o que ele tem ou deixa de ter, sempre leal e ele vai retribuir isso pra quê? Já é de graça, não é mesmo? E o que é gratuito a gente nunca valoriza.

Valor tem aquela que debocha dele por trás, que ri do quanto ele é fácil de levar na conversa. Aquela que já entrega a cartela pra ele pagar, coloca todas as bebidas dela e das amigas na comanda dele. Aquela que faz ele busca-la em casa. Aquela que esnoba, que não está nem ai para o que ele passa. Aquela que só quer saber dele quando ele está bem, quando tem algo para proporcionar a ela. Afinal, eles são iguais né? Por isso ela tem tanto valor. Porque ela é o reflexo dele. Ele diz que está cansado do que tem encontrado, mas não se cansa de procurar não é mesmo? Largar uma noite com os amigos interesseiros? Uma noite regada a álcool e baixarias pra ficar com você? Você que quer estar ao lado dele do jeito que for, que quer só dar carinho, escuta-lo, ajuda-lo? Ai é claro que não né? Deu preguiça só de pensar.

É minha amiga, pessoas interessadas em pessoas estão escassas, mas mesmo assim, quem se importa? Ainda assim estamos sozinhas. Porque não há espaço mais para histórias, para parceria, para compromisso. Não há interesse em quem se interessa pelo outro. O mundo de agora é de quem apenas se utiliza do outro por alguns momentos e pronto. De quem usa e se deixa usar e depois vai embora.

Cobrar carinho, cobrar atenção, cobrar convites? Isso não se cobra. Se dá quando se tem pra dar, se dá quando se está afim de dar. Se ele não se importa, se ele não consegue, se ele é mais um desse novo tipo de vida, o que se tem a fazer é buscar por quem ainda quer. O que não podemos jamais é aceitar menos do que queremos, menos do que merecemos. É preciso ir a luta e procurar, porque nem que seja na base da insistência, a gente vai achar!

Entrar na vida de alguém é uma dádiva. Cada um carrega dentro de si tesouros, sonhos, medos, metas, cicatrizes, histórias. Se deixar entrar e não zelar pelo que cativou é um desperdício imperdoável. De que adianta você conhecer tão bem uma pessoa em sua intimidade e não conhecê-la também como pessoa? Não se deixar conhecer por ela? Já pensou no quão maravilhosa essa pessoa pode se tornar pra você? O quanto ela pode fazer diferença na sua vida? Conhecer alguém, seus amigos, seu ciclo de convivência, se importar, correr atrás não é atitude de Zé Mané, não é atitude de gente frouxa, mas atitude de gente que não tem medo de se arriscar. Que não tem medo de finalmente ser feliz. Porque o romance pode acabar, o tico-tico no fubá pode esfriar, mas se for construída uma base, se tiver algo além do superficial, a amizade e o respeito podem continuar.

A juventude passa, o fogo passa e com o tipo de relacionamento que você tem construído quem realmente irá sobrar lá na frente? Quem vai te dar as mãos quando você cair? Se você não consegue manter ninguém próximo por muito tempo como tudo vai ser?

Eu sei que sempre é tempo de refletir e recomeçar e, se aquela boba ainda tá ai, acreditando em você: aproveita, se arrisca, tenta a sorte! Mas se ainda assim não conseguir... eu lamento por você, não por ela. Ela ainda terá a chance de ser feliz, pois ela não tem medo de encontrar o que realmente procura!


Fotos retiradas do Google

segunda-feira, 2 de abril de 2012

QUEM TEM MUITO ORGULHO PERDE CORAGEM PARA VIVER

É preciso ter amor próprio, é preciso saber a hora de parar. É preciso se conhecer muito bem e se amar por dentro, mas aquele que se prende em seu orgulho, em seu medo pelo que vão pensar, pelo que vão falar, pelo o que vão julgar, perde grandes oportunidades de viver.


É verdade que muitas vezes, por amar demais ao outro, por querer demais o bem do outro, nós nos esquecemos de dosar o limite e nos perdemos, nos anulamos e isso nos faz sofrer. Mas, ainda assim, eu prefiro pecar pelo excesso que pela falta. Eu prefiro pular de cabeça e só depois verificar se a piscina estava cheia. Porque eu até posso rachar o miolo, quebrar a cabeça e receber uns pontinhos, mas eu pelo menos terei muitas histórias pra contar.

Mas se você tem medo de se entregar. Você primeiramente pensa, repensa, avalia e reavalia mil vezes, busca todas as fórmulas racionais para justificar suas atitudes e só depois de tudo bem arquitetado é que tenta, você perde o melhor da festa, o improviso. Quantas vezes a razão me dizia que aquilo era loucura, era insensato, era lutar contra leões usando plumas, mas eu fui lá, fiz, vivi aquele momento e sobrevivi? Pode ser que dure pouco, pode ser que seja passageiro, mas se não valer para posteridade, valerá para minha história. Acho que eu morreria se me deixasse passar vontade de algo por orgulho ferido, por medo e competição.

É porque o orgulho nada mais é do que uma competição idiota. Eu não abro mão, abra você. Eu que tenho que ser privilegiado, não você. E com tanta bobeira, a vida passa em um rabisco. Porque nessa peça de uma só apresentação se destaca quem esquece o texto e vive o improviso. Deixar de viver, deixar de fazer o que se quer, de seguir suas vontades porque isso seria se rebaixar, seria se diminuir ao outro, seria confessar um sentimento e se colocar nas mãos do outro é de uma bobagem. Por que não assumir os riscos? Por que não se permitir sentir? Se der certo, ótimo. Se não der, recomeça de novo. O que se perde tentando? O que se perde eu não sei, mas quando não se tenta... ai você perde oportunidade, você perde a chance de ser feliz, talvez a única.

Eu conheço tanta gente que faz jogo, faz tipo, que quer o tempo todo transparecer que não se importa, que é superior. Tanta gente que precisa desse sentimento de orgulho intacto para se sentir alguém. Como se ao demonstrar um sentimento, ao se assumir o outro, ao viver sem pensar nas consequências fosse uma fraqueza, fosse coisa de gente despreparada. Quando na verdade é ao contrário. Porque eu posso sim sofrer mais que quem mede suas consequências, racionaliza seus atos, mas eu também não sei o que é me remoer por dentro pensando no que não foi, no que poderia ter sido. Eu não conheço a palavra remorso por não fazer algo. Eu sei o que é cair por não dar certo, mas tenho a mesma garra para levantar e tentar de novo. Eu não sei o que é algo não acontecer por falta de atitude minha. Eu não sei o que é sonhar calado por medo de ser taxada por colegas e amigos de lunática.

Cada um vive a sua maneira e se a sua te faz feliz é o que importa. Mas deixar de fazer o que se quer, deixar pessoas importantes e especiais passarem por sua vida sem fazer nada, por medo do que seus amigos vão pensar, medo se vão julgar ou mesmo medo próprio de sofrer é um desperdício. Viva a seu modo, faça tudo que tem vontade sem pensar no amanhã. Porque passa tão rápido e, às vezes, esperando por momentos grandiosos é que perdemos os melhores, somente porque parecem comuns demais. As coisas passam, pessoas se cansam de esperar, o tempo não para. Por isso, faça sempre sua parte, viva intensamente e erre, erre muito! Os erros são nossos casos mais gostosos de serem contados na velhice! Os erros é que descreverão nossas qualidades e nossa personalidade. Porque depois de tanto erro, tanto tombo, tanto riso, tantos acertos não haverá outro sentimento que expressará melhor tudo que fizemos que o ORGULHO! Orgulho de não ter orgulho!


Fotos retiradas do Google


quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

PERDOAR E SEGUIR EM FRENTE, CONSEGUIMOS TAMANHA SUPERIORIDADE?

Errar todo mundo erra. Te fazer sofrer? Uma hora ou outra todos farão. Mas como aprender a perdoar de fato? Seguir em frente sem ressentimentos, mágoas? Quando as coisas parecem ruins, o mundo desmorona, a culpa é de Deus? De alguém? Ou foi uma escolha sua?


Existem momentos que todos nós contestamos a Deus, é humano. É um emprego que se perde por uma injustiça, uma traição do marido ou namorado que revoluciona toda sua vida. A decepção de uma amiga, fofoca que mancha sua reputação. Nessas horas temos o costume de contestar porque aquilo pode ter acontecido com a gente, o que fizemos para merecer tanta injustiça, tanta ingratidão? Se somos bons cristãos, andamos na linha, rezamos o terço e vamos à missa aos domingo por que tanto castigo? As graças de Deus chegam atrasadas? Ele se esquece de nós?

Quando relutamos contra nossa vida, os acontecimentos e os rumos que as coisas tomaram, nos estagnamos, perdemos a chance de enxergar um novo caminho, que está sempre diante de nós. Sofrimentos servem para nos fazer crescer, entender melhor a natureza das coisas, tirar suas lições e seguir em frente. Esse é o grande segredo da questão. Afinal, Sr. Cristão, se somos criaturas de um Deus, somos moldados por Ele, nada acontece sem o conhecimento Dele e tudo tem um sentido. Quem te enganou que não é na dor que encontramos de fato as graças de Deus? È no sofrimento e na decepção que crescemos e, para nos tornarmos pessoas melhores, só precisamos enxergar que cada queda é um novo passo?

Quando alguém importante demais para deixarmos no passado nos fere, nos decepciona como fazer? Como lidar com aquela traição? Dizer que passou e a cada momento jogar os erros do outro na cara dele como forma de feri-lo de volta é a atitude mais comum, mas acaba envenenando ainda mais aquela relação já abalada e o afastamento definitivo se torna uma questão de tempo. Perdoar não é esquecer, obvio que não, as lembranças ficarão ali, a dor e o aprendizado não podem ser apagados. Perdoar é tomar consciência do que aconteceu, enfrentar de pé, tirar tudo o que se pode aproveitar e seguir em frente. Preencher a bagagem e seguir viagem.

Verdade que se leva tempo, enquanto estiver sangrando não se pode perdoar, ceder ao outro. É importante sim um tempo para digerir o ocorrido, uma reclusão estratégica para se organizar os pensamentos e estancar as feridas, mas reviver a todo instante? Contestar por que não se fez diferente? Por que tal pessoa se permitiu fazer tal atrocidade? Isso já é masoquismo. Fez-se porque se tinha que fazer. Era preciso você e a pessoa passarem por isso juntos, estava no caminho de vocês, foram escolhas tomadas.

Não se pode apagar o passado, rebobinar a fita. A única alternativa então é reescrever o futuro, independente se juntos ou separados, mas buscando sempre a felicidade. Aconteceu? Sim, já aconteceu... então, meu amigo, não adianta se lamentar, o jeito mesmo é pensar em como será de hoje em diante. Só você pode decidir se você será a eterna vítima ou o protagonista da sua história. É hora de tomar as rédeas da sua vida de volta, não?


Fotos retiradas do Google


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

UM É POUCO, DOIS É BOM E TRÊS JÁ É DEMAIS!

Onde os homens vão parar com suas taras sexuais quase impostas a nós? Porque no início éramos virgens, castas. Ai eles tanto tentaram que começamos a vida sexual de modo independente. Se foi bom ou ruim, tenho minhas dúvidas e discutimos em outro post. Mas enfim, começamos a vida sexual sem nem ao menos qualquer tipo de compromisso. Depois veio o famoso bola-gato inocente. Só um carinho, princesa! E então o temido sexo anal.


Ai a gente pensa que já não tem mais o que se fazer em quatro paredes, está tudo liberado. Enfim, fantasias são criadas, brinquedinhos de sex shop incrementam a relação. Pronto. Conseguimos encontrar o caminho de nos satisfazer e satisfazer nossos namorados de maneira completa. Você também acha isso, amiga? Até ele vir com a proposta estranha: que tal um sexo a três?

Oi? Desde que dia cabe mais um na nossa intimidade? Ok. Se é uma fantasia dupla, do casal. Beleza, por que não? Mas a freqüência com que escuto relatos de carinhas que nem ao menos saíram com uma menina por anos a fio, nem tempo de relação desgastada tiveram e já querem colocar mais uma opção no cardápio. O amor e sexo foram separados de vez? Sair com alguém que te causa tesão, admiração e arrepios na nuca já é algo démodé? Por que curtir a dois já não tem mais graça?

E o ponto mais interessante disso. A prova de que o sexo pra eles é uma decisão só deles e satisfação só pra eles. O sexo a três tem que ser somente com 2 garotas, tá? Vai propor dois homens pra você ver o que te espera? É de puta e depravada pra baixo, filha. Bonito e gostoso só quando é vantagem pra eles né?

Senta em uma rodinha de homens e repara como eles falam do desejo de duas mulheres juntas. Como eles descrevem cada momento nos mínimos detalhes. Agora só joga a idéia de dois homens e veja o que acontece. Você será o famoso espalha bolinhos, no mínimo. Tudo bem, enquanto estava só na rodinha de boteco, nas conversas do futebol de segunda-feira à noite, beleza. Afinal, que mocinha não suspira com Johnny Depp ou George Clooney e coloca no clube da luluzinha suas mais loucas fantasias com os rapazes? Quem não conta suas fantasias eróticas pras amigas? Mas daí a achar natural realizá-las com qualquer um, a todo tempo? Fazer da sua fantasia um pré-requisito para toda relação? Convenhamos... pois é assim que eles têm agido.

Um dia desses um moço ai que saiu com uma amiga por apenas duas vezes, não conhecendo nem o nome de seus pais, amigos, nada. Sem nenhuma intimidade a propôs na cara dura o famoso ménage à trois. E quando ela se indignou com a proposta e se sentiu ofendida, o rapaz não apenas se chocou com a reação da menina como acreditou no fundo ser ele o ofendido da história. Como ela poderia julgá-lo pelo modo de vida sexual que ele leva? Quem era ela pra dizer o que era certo ou errado? Que pseudo-moralismo era aquele? Sério, chega a ser hilário imaginar a cena, mas o moço fez um escândalo somente pelo fato dela se chocar e negar a proposta.

A liberdade sexual tomou um rumo que as pessoas confundem a liberdade delas com o respeito ao outro. Amigo, você faz da sua vida o que quiser e com quem topar. Se quer suruba, sexo com 3, 4, 5, cachorro, papagaio ou periquito, ninguém tem nada com isso. O problema é todo seu. Mas daí a obrigar o outro a não somente aceitar com naturalidade como a participar, é no mínimo egocentrismo né? Impor sua vontade acima do desejo do outro vai além do autoritarismo e machismo, é falta de respeito, cuidado e carinho. Mostra que não somente você não se importa e não tem sentimentos por quem está do seu lado, como a enxerga como objeto. E, opa! Se o objeto falou algo contra o combinado, o mundo cai. A gueixa tem que estar sempre no canto da sala, pronta para satisfazer seu homem né? Pode até ser, mas pra ser satisfeito, você precisa primeiro se tornar este homem. E tá difícil....

Eu posso estar equivocada, defasada e ser bem antiquada, mas pra mim uma relação é ainda algo a dois e deve ser construída com respeito, consideração, carinho e cumplicidade. Banalizaram o sexo, mas não será por isso que devemos nos anular. Por isso, todas que se sentiram ou se sentirem tristes e diminuídas por rapazes como este da minha amiga, não se sintam, não se curvem. Eles querem respeito, mas precisam respeitar. Se não é da sua vontade, não faça nada somente pra agradar. Se alguém tenta colocar a vontade dele acima da sua, não é pra você. Porque quem gosta quer agradar mais do que ser agradado. E como dizia vovó: um é pouco, dois é bom, mas três já é demais. O que é meu é só meu e ponto! Próximo!!!!


Fotos retiradas do Google


terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O ÚLTIMO BILHETE QUE NÃO ESCREVI

Chegou a hora de recolhermos nossos cacos, refazermos a nossa bagagem e seguirmos em frente. Esse é o momento mais difícil. Aceitar que nos enganamos, que fomos ludibriados pelas fantasias de um momento e que nada daquilo que foi sonhado realmente foi compartilhado. Mas como nos convencer de uma hora pra outra a liberarmos o outro sem sofrer? Como avisar dentro de nós que agora estamos sós entre nós de novo?


Ao conhecer uma pessoa criamos expectativas, temos anseios, sonhamos acordadas o tempo todo. É inevitável, é o mais puro sintoma da paixão. E, mesmo que nos digam para irmos mais devagar, para levarmos em conta seu histórico anterior, para pensarmos em como ele tem se relacionado com outras pessoas nos últimos tempos, nós sempre acreditamos que com a gente será diferente. Não importa! O que bateu entre a gente foi sincero. Pode ter sido sim, nada impede. Mas daí a ser o diferencial para ele mudar tudo por você já são outros quinhentos...

No inicio é legal e saudável até o descomprometimento. Ele sai com os amigos dele, vai pra farra dele, vive a liberdade dele e você vive a sua, sai com suas amigas. Você se sente aliviada, pode ser você, ter sua independência e ter alguém, tudo ao mesmo tempo. Isso é muito bom. Só que quem tem muito tempo para os amigos começa a ter pouco tempo pra você. No inicio é gostoso isso, mas tudo precisa de uma evolução e, ao ficarem parados neste mesmo modelo de relação, tudo começa a perder a graça.

Porque uma relação não tem mistério, mas tem muitas armadilhas. Equilibrar a individualidade e saber demonstrar seu interesse ao outro não é uma tarefa fácil. O mais comum é a individualidade se tornar egoísmo e o outro se transformar em objeto onde você pega e guarda no momento que achar conveniente e daí para o envenenamento da relação é um pulo. Pois, aquele que se sente deixado de lado começa a se sentir vazio, começa a se sentir mais um no meio de tantos. A insegurança toma conta e, como ele já viveu isso antes, em outras situações, ele sabe que chegou a hora de buscar novos caminhos. E, uma relação que parecia ser tão madura, que parecia ser tão gostosa começa a definhar. Não por falta de carinho, não por falta do gostar, mas por já sabermos que apenas sentir não dá futuro a ninguém, é preciso um alicerce. É preciso conversar.

Mas como chegar pro outro e dizer que não está mais legal solto assim sem parecer pressão? Sem parecer cobrança? Porque a vontade deveria vir de ambos e a evolução da relação ocorrer de forma natural não? Algo que é cobrado, que precisa ser pedido pode se tornar forçação de barra. Quem quer ficar junto chama pra sair, chama pra um cinema, um chopinho no fim da tarde, faz questão por si da presença do outro. Deseja conhecê-lo, saber mais sobre suas aspirações, ideologias, manias e manhas. Se é preciso pedir é porque essa vontade não foi despertada, concorda?

E, se um tempo passou, se a necessidade começou a aflorar em você e não no outro é porque não era pra ser né? Quando é para ser tudo conspira a favor. Se nos tornarmos permissivas demais e tentarmos criar justificativas para o injustificável, a situação ficará da mesma maneira até que ele encontre alguém que faça tudo valer a pena pra ele e você recebe um belo chute na bunda. Porque não existe essa de momento certo. Existe apenas o querer fazer dar certo. Então minha amiga, me ajude aqui com minha mala, eu te ajudo com a sua e vamos criar coragem e sair do comodismo. É como diz o grande escritor Caio Fernando Abreu: “Vamos acordar! Tem gente furando fila e sendo feliz no nosso lugar.” Nada de mágoas, nada de ressentimentos. Não há culpados para algo que simplesmente não rolou.

“Quero que você seja feliz. Hei de ser feliz também depois...”

Fotos retiradas do Google



Vídeo do youtube

sábado, 14 de janeiro de 2012

DESCULPA, MAS EU NÃO SOU SEGUNDA OPÇÃO!




Você já se sentiu sempre a segunda opção de alguém? Depois de anos, de inúmeras tentativas, aquela pessoa sempre dá um jeito de te passar a idéia de que você é só um step? Você entra, você sai, promete não mais voltar, o destino te empurra àquela pessoa de novo e... você ainda é a reserva. Basta a oficial se recompor e ela volta ao jogo.

É sempre assim não é verdade? Você julga que ele mudou, você acredita que ambos amadureceram com novas experiências, que o destino os empurrou para ficarem juntos porque era pra ser assim. Já era para ambos ficarem juntos, mas precisavam dar valor a isso, a entender o verdadeiro sentido depois do crescimento, de muito sofrimento. Ele largou aquele calo no seu pé, disse que agora é definitivo, parecia ser... não só pra você, mas pra ele também.

O tempo passa, as coisas esfriam, tudo começa a caminhar até que você sente que tem alguma coisa no ar, seu sexto sentido não te engana: ela com certeza voltou. Pode ainda ser de mansinho, como quem não quer nada, como só uma amizade, mas você já pode sentir a presença dela, já pode sentir voltar tudo de novo. Ele já está mais ausente, com a expressão mais distante, mais fria.

Por que tem que ser sempre assim? Que brincadeira é essa do destino que te empurra pra tudo de novo sempre? Por que se não é pra ser aquela pessoa, ela volta pra sua vida? Mesmo depois de você já tê-la esquecido, seguido seu caminho adiante, ela simplesmente ressurge e de uma maneira que parece ser tudo diferente. Você diz: agora engrena. Agora vai! Ele está tão diferente, me escuta mais, se importa mais. Está bom assim desse jeito. Você se ilude, se entrega, esquece o que já se passou, mas ele ferra tudo de novo.

Comunicações truncadas são sempre o lema dessa relação. Ele não diz o que pensa não é verdade? Não se abre, vomita na sua cara tudo o que realmente sente. Não tem a coragem dizer independente do que seja: “Droga, eu não te amo”. “Desculpa, mas nunca senti nada por você, nunca mesmo. Você só foi alguém fácil quando eu estava carente, abandonado por quem eu realmente queria.” Ou pode até dizer: “Eu preciso assumir, eu te amo, mas não sei amar. Sinto vontade de fugir disso cada vez que tenho você, por puro medo”. Eu realmente não sei qual das opções eu posso ser, eu realmente não posso adivinhar. Não é ela que me importa, não é o seu passado que me interessa. O que importa é o que é nosso, seja o que for, mas o que construímos em dois. Se ele ao menos dissesse, tivesse o respeito de dizer exatamente o que ele sente, o que se passa pela cabeça dele, resolveria muitas coisas, tiraria uma grande interrogação da minha cabeça. Independente do que fosse, eu teria que achar uma solução e seguir meu caminho, de mãos dadas ou sozinha, mas dessa vez sem olhar pra trás.

Pior do que te abandonar, te dizer coisas horríveis, é o silêncio, o não se importar. A sensação de segunda opção é o que vai corroendo, é o que vai sempre minando o que antes estava bom, estava sereno, estava tranqüilo.

Se pudéssemos ao menos saber que o risco vai valer a pena no final, que esses tombos são maneiras da vida nos fazer enxergar quem realmente importa para nós, quem vem pra ficar. Se os erros fossem mesmo só para serem aprendidos, que para cada sofrimento haverá uma recompensa? Mas a cada vez que a história se repete, a cada vez que sou enganada por ele e pelo destino morre em mim um pouco dessa esperança, morre em mim a crença do “agora vai”. É muito pedir um time onde eu possa jogar de oficial sem ser só a reserva? É muito querer a garantia de que o jogo dessa vez vai até o fim? Afinal, já mostrei que sei jogar, oras...

Fotos retiradas do Google