quarta-feira, 7 de setembro de 2011

NÃO É COMO FAZER XIXI EM PÉ

Não sei se é porque a maioria das casas de entretenimento são propriedades masculinas ou se é pela confusão que se faz de direitos iguais com tratamentos iguais entre os sexos, mas que existe um grande equivoco quanto à diversão para mulheres, ahhh isso existe.
Um dia desses fui a um clube das mulheres para matar a minha curiosidade e me divertir com minhas amigas e, o que assisti foi exatamente a um show de strip-tease tal qual em um filme para homens, só que com mocinhos no palco e não mulheres. Sim, um show de bizarrice, grosso modo.
No começo do show, os rapazes entram fantasiados, geralmente de médico, cigano, policial e outros imaginários masculinos (é porque só um homem pode achar que isso nos traz virilidade) , daí começa a música e... se preparem meninas é de abrir o queixo e querer sumir... eles puxam uma mulher para o palco, uma mulher qualquer da plateia, a tacam na parede, passam a mão em suas partes íntimas, dão tapas na sua cara, puxam o seu cabelo, sentam no seu colo, roçam seu membro nela, a apalpam, expõem-na ao ridículo do sexo explícito com roupa e terminam com aquele sorriso no canto do rosto, achando que estamos todas no extremo da excitação.
É ai que eu questiono até onde os homens são desentendidos ao ponto de acreditar que nossos sentidos são estimulados como os deles no simplório: tato e visual e até onde nós mesmas não queremos ser simplistas a esse ponto, achando que assim seremos igualadas a eles?
Não é nos anulando, anulando nossas diferenças que alcançaremos os mesmos direitos que os homens, não temos que ter tratamentos iguais em tudo, nós não somos iguais. Existem diferenças biológicas, químicas, físicas, psíquicas que não podem ser descartadas e nem queremos isso. Mulheres são mais complicadas que isso...
Pra que abrir mão do galanteio, da sedução, dos arrepios na nuca quando nos deparamos com um rapaz que sabe o momento certo de te tocar com firmeza e o momento exato de te soltar com delicadeza? Para ser vista como uma mulher moderna, independente e “racional”? Então, para ter os mesmos direitos, ser feministas, é preciso abrir mão do feminino? Só seremos mulheres feministas se aprendermos a fazer xixi em pé?
Não é por esse caminho que devemos nos enveredar, não precisamos anular sentimentos, anular nossas sensações, nossos prazeres para sermos vistas com respeito. Só alcançaremos de fato nossa independência e nosso devido respeito quando percebermos e perceberem que somos diferentes, que somos mais complexas que tudo isso. Só teremos um divertimento de qualidade quando levarem em conta nossa real vontade, ao abrir uma casa de entretenimento como essa. Que precisa passar sim pelo erotismo, pela pegada pesada, pelo suor etc. Que precisa de uma virilidade como nós mocinhas gostamos de ver, sem muito rebolado, sem se sentir tão ridícula na frente das amigas e sem levar aquilo demais na brincadeira, como esses eventos acabam sendo para boa parte de nós.
Talvez algo que misturasse uma (mesmo que falsa) sedução, galanteio, que nos fizesse sentir desejadas, que nos surpreendesse ou ainda que fosse apenas sexo pago, mas que fosse mais elegante, discreto, mais um ambiente de festinha privado e menos show de calouros...
Difícil? É... não disse que seria fácil nos satisfazer, mas estamos dispostas a ajudar com várias dicas. E aí? Quem está disposto a tentar?




Fotos retiradas do Google

2 comentários:

  1. amiga.. eu ja fui em um clube das mulheres, mas qdo fui tive mais sorte. Algumas mulheres até subiram no palco, mas não teve nada inaceitável (pro ambiente).
    No que eu fui eu ri pra caramba.. Primeiro pq os caras chegam com cara de tarado e segundo pq as mulheres berram tanto que parecem todas virgens.. hahahahaha
    Mas existem lugares super apelativos mesmo.. rs
    Tenso!
    beijos

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  2. Pois eh... mas mesmo no mais simples. Vc riu...rsss. Falta um pouco de conhecimento e cuidado com o mundo feminino... A gente não se excita com esse simplório...

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