domingo, 11 de julho de 2010

COMO VELHOS DESCONHECIDOS

Sinto uma grande tristeza quando me recordo de grandes amizades que se foram, que não conseguiram suportar a força do tempo e da distância. Não consigo me conformar em ter sido tão íntima, tão presente na vida de determinadas pessoas e hoje não passarmos de velhos desconhecidos que meramente acenam com a cabeça quando se cruzam em calçadas opostas.
O que mais me decepciona é saber que lutei com todas as minhas forças para que isso não acontecesse. Como uma criança e sua inocência, acreditei que aquilo que foi construído em nossa infância, as juras de amizades, seladas com abraços e trocas de objetos, seriam sacramentadas e respeitadas.
Sei que novas realidades, novos caminhos vão surgindo em nossas vidas e nos afastando pouco a pouco de muitos, não tem como escapar, iremos perder muitas pessoas nessa estrada da vida, mas isso não me impede de chorar e me decepcionar, porque, afinal de contas, se fossemos tão especiais para determinadas pessoas como elas foram para nós, nem mesmo todos obstáculos conseguiriam destruir o que tivemos.
Aqueles que marcaram minha infância, minha adolescência, que compartilharam comigo experiências inesquecíveis, eu queria levar para toda a vida ao meu lado. Como nos filmes de grandes amizades que, mesmo após casamentos, filhos, viagens, divórcios e todo tipo de futuro, as amigas estão sempre ali, num mesmo restaurante, em um mesmo encontro, dando todo o suporte e participando de todas as etapas, sempre umas com as outras. Mas não posso dizer que aconteceu assim, não com todas as amigas, não comigo.
O que me tranqüila é saber que ainda tenho algumas dessas amigas ao meu lado, mostrando que a inocência não foi toda quebrada, que a promessa pode ser cumprida. Que, quando para os dois lados existe a mesma importância e o mesmo amor, nada pode atrapalhar a união. Não precisamos estar sempre perto, não precisamos sempre nos encontrar para sabermos que estamos juntas, somos parte umas das outras. Quando realmente precisamos, elas estão ali, como se nunca tivessem saído.
Tenho muito orgulho de saber que conquistei amizades verdadeiras, que tenho irmãs fieis que fariam de tudo para me ver feliz. Isso me conforta, me fortalece, me dá o suporte que preciso para encarar os problemas, os obstáculos, a vida. Mas para aquelas que perdi, que me deixaram pelo caminho, me resta dizer ainda que: sinto muita falta de vocês!

2 comentários:

  1. e ai safaaa
    dessa vez vou comentar!!! rsrs
    po concordo plenamente com oq vc escreveu...
    tbm perdi pessoas especiais, mas acho q isso faz parte da vida né! Pessoas vão e vem, mas os verdadeiros amigos sempre permanecem, isso q nos conforta!
    é nóix safa!!
    bjundas

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  2. Isso é verdade, amiga.
    Tantas pessoas passam na nossa vida e depois vão embora né? Sem a gente conseguir evitar.
    Mas a verdade, é que os verdadeiros amigos sempre ficarão e é isso que importa! =)

    Beeijo

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