quarta-feira, 6 de outubro de 2010

POR QUE VOCÊ PREFERE PAIXÕES FUGAZES AO MEU AMOR VERDADEIRO?

Encontrar o amor é hoje uma tarefa quase impossível. Já não sei mais onde posso esconder minha sensibilidade, minha vontade de compartilhar, meu desejo de encontrar. Porque a reciprocidade masculina está cada vez mais escassa.
Dizem que tem a ver com a teoria da demanda e da procura. Há muita demanda, muita mulher disponível e que não exige nem mesmo o bom dia para iniciar uma relação. São elas que se aproximam, jogam o charme, ganham na sedução e levam os mocinhos para casa. Eles não precisam fazer nada, absolutamente nada, apenas desfrutar de suas artimanhas e malícias sexuais, elas já vêem prontas, não precisa nem esquentar.
E quando se tem a oferta sobrando, quando se está ganhando sem nem ao menos precisar jogar, pra que então tentar se aprofundar em alguém? Tentar dar qualidade a algo que eles já têm em tanta quantidade? Não é à toa que estamos sozinhas sempre... Sozinhas sim, aquelas que, como eu, ainda precisam ser cortejadas, se sentirem desejadas, precisam ser seduzidas e gostam de ter a certeza que haverá uma paquera, uma pequena aproximação, trocas de olhares e de palavras, antes da concretização, do enlaço.
Não quer dizer que somos santas e nem puras. Não é essa a questão. Gostamos apenas de sermos ouvidas, de nos apaixonar, de nos entregar e aprofundar. Queremos nos sentir especiais, jóias raras para aquele belo rapaz. E é ai que estamos ficando para trás nesta grande fila. Não temos a coragem e a vontade de brincar nesta selva, perdemos o encanto no tratamento recebido pelos homens e aprendemos a ficar nas quinas, nos cantinhos apenas observando, esperando aparecer alguém que não esteja no meio de tanto circo.
Nós não somos mulheres “Pin Ups”, não fomos criadas para sermos apenas peitos, bundas e desejos sexuais. Nós queremos sexo, queremos fogo, queremos sedução, mas também queremos companhia, troca de segredos e companheirismo. Queremos ser “amantes calientes”, amigas, companheiras e conselheiras. Somos boas em paixão, mas também sabemos conversar e temos competência e inteligência para nos aprofundarmos. Queremos ser um casal e não um encontro casual.
Mas o que podemos fazer se vocês preferem paixões fugazes a amores verdadeiros? Qual será o destino de nós mulheres, hoje tão diferentes do senso comum? Onde vamos encontrar esta companhia? O pai para nossos filhos?
Eu não sei a resposta, mas posso dizer que estou me acostumando... Acostumando com minha mais solidária companheira, a solidão.

3 comentários:

  1. Exatamente assim que me sinto amiga.
    E fico com ódio dessa piriguetada que ganha mais valor do que nós!

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  2. Não amiga, eu não me acostumo com a solidão não!!!! Existe alguém, em algum lugar desse mundo que esteja querendo o mesmo que nós.... Confesso que às vezes fico meio sem esperanças, mas quero crer que vai ser diferente, que vou encontrar a mina cara-metade!!! E vc também encontrará a sua!

    beijos! Adorei o post... AMO

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  3. Voce resumiu no seu texto a alma humana feminina, que não se encontra transparente infelizmente...Acredito ainda que até memsmo a piriguetada tem no fundo do coração,anseios em comum, só não se da o verdadeiro valor.O romance foi banalizado,o sexo ficou tão banalizado, que ate mesmo o casual,perdeu sua significância.As pessoas se perderam em seus anseios e em seus desejos...qdo se quer companheirismo, se tem sexo somente...qdo se quer apenas momentos, há confusões...Seria mais fácil se pudéssemos usar plaquinhas de identificação rsrsrrsrsrs bjs amiga Debora e parabens pelo belíssimo e inteligentíssimo BLOG

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