segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O PRIMEIRO AMOR A GENTE NUNCA ESQUECE

O primeiro amor é um momento mágico na vida de uma mulher, a idealização do príncipe encantado, algo puro e singelo, onde o ser amado é repleto de beleza, bondade e perfeição.
Aconteceu aos meus 11 anos, ele era mais velho e nem olhava para mim, eu não passava da dona do único cachorro que ele conseguiu gostar e de uma criança estranha, magricela e começando a se desenvolver, não sabendo se crescia ou se brincava de bonecas.
Toda vez que eu o via, meu coração batia acelerado, eu só falava besteiras e suava, suava muito. Ele ria da situação, mas sabia respeitar esse momento, provavelmente porque já havia passado por ele antes, ou não, com os homens acontece assim?
Sei que com o tempo ele arrumou sua namorada real e foi meu primeiro choque de realidade, choque com o sexo oposto, com suas grandes habilidades em nos fazer sofrer. Por ele, eu escrevia cartas, poemas, chorava e me abraçava ao vácuo à espera de um dia poder encontrá-lo naquele mesmo lugar, mas ele nunca apareceu ali. Por que os primeiros amores costumam ser trágicos e deixar marcas profundas dentro de nós? Para que já nos adaptemos a nossa triste sina de nos decepcionarmos ou por que assim é mais divertido para contar para os nossos futuros e incertos netos? Não sei, só sei que com o meu não foi fácil e não sei se por carma ou até mesmo macumba dele, até hoje não tem sido.
Depois dele eu tive outros amores, mais reais, mais palpáveis talvez, mas eles sempre começaram da mesma maneira, estranhamente platônicos, é isso, eu vivo de amores platônicos, mas eu gosto disso, gosto mesmo. Podem achar estranho, errado, uma fuga, mas quando eles ainda estão na minha terra da fantasia, eles são perfeitos, amáveis e a espera por eles sempre é prazerosa. Só piora quando acontece a evolução, quando eles passam para o plano da ação, do acontece. Ai eles não são mais tão dóceis, belos e perfeitos. Começam a questionar seus sentimentos e duvidar que eles existam. Homens reais são bons só no começo, depois perdem a graça. Mas o meu primeiro amor, ahhh meu primeiro amor, esse conseguiu marcar minha vida e até hoje se faz presente em uma ocasião, em um determinado evento... Não é alguém freqüente, mas alguém que ás vezes freqüenta minha vida. É isso, meu primeiro amor é o amor que ficou como minhas tatuagens, não dói mais, não é mais novidade, mas ficou pra sempre em meu corpo, em minha memória, me lembrando de uma fase da minha vida, de um momento que não volta mais, mas que foi muito bom. Meu primeiro amor é meu fiel seguidor, mesmo quando não está me seguindo, porque eu sei e tenho a segurança de que: o primeiro amor a gente nunca esquece!

2 comentários:

  1. Ai amiga, que lindo.... Depois vou querer saber de quem você está falando, se é que já não sei ;)

    Parabéns! Você está se superando cada dia mais... Adoro ler suas coisas!

    Bjo!Meliga :)

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  2. Oi Debby,

    Amei seu texto! Será que ele sabe que é dele que vc está falando? rsrsrs

    Só acho que você ainda não esqueceu seu primeiro amor e gosta de viver amores platônicos porque você ainda não encontrou um amor verdadeiro, um amor puro e leve de se sentir (como o meu... Lindo!!!!)
    Já tive um amor platônico também...E entendo como é, mas isso é apenas uma fuga ou talvez medo de encontrar uma pessoa e amá-lo com toda intensidade...
    Só não deixe isso passar!

    Mas como sempre digo, vou repetir: Amo tudo que você escreve... Lindo... Lindo!!!!!

    Bjo.

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